Muita gente guarda moedas antigas sem imaginar o tesouro que tem nas mãos. As moedas de 100 Réis de cobre-níquel com a imagem do Marquês de Tamandaré, cunhadas nos anos 1936, 1937 e 1938, são hoje peças raras para colecionadores. Algumas podem alcançar valores altos, ando de R$ 3.500 cada e até ultraando R$ 10.000 em conjuntos especiais. Será que uma dessas está esquecida na sua gaveta?
O que são moedas raras?
Moedas raras são exemplares que, com o ar do tempo, tornam-se difíceis de encontrar. Seja pela baixa tiragem, mudanças no sistema monetário ou desgaste natural, elas acabam se destacando e chamando a atenção de quem coleciona ou investe nesse mercado.
O que torna uma moeda rara?
A raridade de uma moeda depende da combinação de vários fatores: número de unidades cunhadas, sobrevivência ao longo dos anos, estado de conservação e características específicas, como variações de gravação.
Conheça a moeda de 100 Réis Tamandaré
Fabricadas em cobre-níquel, essas moedas trazem no anverso o Almirante Tamandaré, símbolo da força naval brasileira. O reverso, por sua vez, apresenta uma âncora, reforçando a conexão com a Marinha. Dois artistas deixaram suas marcas nesses desenhos: Walter Toledo (WT) e Calmon Barreto (CB), cujas siglas podem ser vistas nas moedas.
Anos de fabricação e quantidade emitida
As moedas de 100 Réis Tamandaré foram cunhadas nos seguintes anos:
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1936: 2 milhões de peças.
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1937: 7 milhões de peças.
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1938: 7 milhões de peças.
A menor produção em 1936 já torna esse ano naturalmente mais interessante para colecionadores atentos.
Reverso medalha: o que isso significa?
Essas moedas seguem o padrão de reverso medalha. Em resumo, ao girá-las na horizontal, o desenho se mantém “em pé”. Muitas pessoas acham que têm uma moeda com erro ao girá-la na vertical e ver a imagem de cabeça para baixo, mas isso é o padrão esperado. Identificar corretamente o tipo de reverso é essencial para não confundir uma peça comum com uma variante valiosa.
Estado de conservação das moedas raras
O valor de uma moeda pode mudar muito dependendo do seu estado de conservação. Entender essas classificações faz toda diferença:
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MBC (Muito Bem Conservada): Pequeno desgaste, mas detalhes ainda visíveis.
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Soberba: Brilho original parcialmente preservado, poucos sinais de circulação.
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Flor de Cunho: Sem sinais de uso, como se tivesse saído da casa da moeda.
Quanto melhor o estado, maior o valor.
Valores das moedas de 100 Réis Tamandaré
Baseando-se em catálogos como os de Rodrigo Maldonado e Cláudio Patrick Amado, os valores são:
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1936
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MBC: R$ 15 a R$ 20
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Soberba: R$ 40
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Flor de Cunho: R$ 120
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1937
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MBC: R$ 10
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Soberba: R$ 20
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Flor de Cunho: R$ 120
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1938
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MBC: R$ 10
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Soberba: R$ 20
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Flor de Cunho: R$ 150
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Moeda de 1938 com reverso horizontal
Algumas moedas de 1938 surgem com reverso horizontal, o que aumenta bastante o interesse:
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MBC: R$ 180
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Soberba: R$ 500
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Flor de Cunho: R$ 1.000
Esse detalhe pode transformar uma moeda comum em um verdadeiro prêmio.
Moedas de ensaio: relíquias valiosas
Existem três tipos de moedas especiais chamadas de moedas de ensaio:
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Prata: Brilho intenso e peso característico.
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Alpaca: Aparência mais clara.
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Níquel puro: Atraída por ímã.
Cada uma dessas moedas pode valer R$ 3.500 ou mais. Um conjunto com três peças pode ultraar R$ 10.000, dependendo da procura e do estado de conservação.
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Como e onde vender sua moeda rara de 100 Réis Tamandaré
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Ter moedas antigas pode ser muito mais valioso do que parece
Guardadas por anos sem muita atenção, moedas como a de 100 Réis Tamandaré podem representar mais do que apenas uma lembrança. Elas podem abrir portas para bons negócios e coleções incríveis. Será que vale a pena dar uma olhada mais atenta naquele pote de moedas guardadas?
