Um anúncio recente do Governo Federal vem causando dúvidas e temores nos brasileiros que fariam as provas do Concurso Nacional Unificado e agora cogitam a possibilidade do cancelamento definitivo do exame. No entanto, as provas foram apenas adiadas.
As chuvas fortes e os desastres que aconteceram no Rio Grande do Sul foram determinantes para essa tomada de decisão. A divulgação foi feita por Paulo Pimenta, ministro da Comunicação Social e por Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Púbicos.
Adiamento do Concurso Nacional Unificado será para agosto
O Concurso Nacional Unificado acontecerá no segundo semestre, mais especificamente em agosto. Essa decisão teve o “martelo batido” após reunião entre os ministros do governo Lula. No entanto, quanto à uma data certa, Dweck disse que haverá a divulgação nas próximas semanas.
Acontecerá também a publicação da nova versão do edital onde constará a data em que as provas serão realizadas. Assim, para isso, o governo renegociará os mesmos espaços de forma a não prejudicar os candidatos.
Serão 3,6 mil pontos para provas, contendo 65 mil salas. Para isso, o certame teve um custo de R$ 100 milhões, o que inclui a logística, o transporte e o armazenamento das provas, local de aplicação e os fiscais. Lembrando que não haverá nenhuma nova inscrição.
A decisão do adiamento aconteceu depois que houve a repercussão negativa da realização do Concurso Nacional Unificado no domingo mesmo após o ocorrido. Assim, a ministra se posicionou a favor de tal adiamento, alegando ser esta a melhor alternativa dentro do âmbito jurídico e político.
Adiamento custará aproximadamente R$ 50 milhões
O MGI (Ministério da Gestão e Inovação) divulgou que esse adiamento custará aproximadamente R$ 50 milhões extras por conta da elaboração de outras provas.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul eleito pelo PSDB, decretou o estado de calamidade pública por conta dos municípios que foram impactados com o temporal. No último balanço que a Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou, na tarde do último domingo (05), foi apontado o quantitativo de 78 mortos em decorrência das chuvas fortes que atingem o estado desde a semana ada.
Como acontecerão as provas aplicadas na próxima data?
A pretensão do governo é aplicar as provas que estão prontas, impressas e que, inclusive, já tiveram parte do montante distribuída. De acordo com Esther Dweck, as provas chegaram em 65% das cidades brasileiras. Agora, os exames serão recolhidos e irão para um local seguro, que a Abin monitorará.
Não há previsão de remarcação das provas do Concurso Nacional unificado em locais específicos
O edital do CNU (Concurso Nacional Unificado) não prevê a reaplicação de provas, mesmo em se tratando dos desastres naturais, por exemplo, as chuvas que assolam o Rio Grande do Sul. O edital de cada bloco diz somente que os candidatos afetados por questões logísticas (desastres naturais estão inclusos) podem solicitar o dinheiro de volta. Dessa forma, até ontem, mesmo com as chuvas fortes no Sul, o governo mantinha a mesma data para o certame acontecer.
No entanto, acontece de maneira diferente no Enem, que é a porta de entrada principal para as universidades públicas, usado como fonte de inspiração para o Concurso Nacional Unificado. Em todos os anos necessários, o Enem reaplica as provas por vários motivos.
O CNU teve 2,1 milhões de inscritos. No Rio Grande do Sul, foram aproximadamente 80.300 candidatos de dez cidades:
- Caxias do Sul.
- Bagé.
- Farroupilha.
- Pelotas.
- o Fundo.
- Porto Alegre.
- Santa Maria.
- Santa Cruz do Sul.
- Uruguaiana.
- Santo Ângelo.
No entanto, há uma importante diferença entre o Enem e o Concurso Nacional Unificado. Nas provas de o aos cursos superiores, existe uma garantia de compatibilidade entre diferentes provas devido ao modelo matemático da TRI (Teoria de Resposta ao Item) e ao banco de questões.
O TRI é um tipo de cálculo que leva em consideração a dificuldade da questão, bem como o nível do acerto dela para que a nota seja dada. No Concurso Nacional Unificado, não tem como garantir essa mesma dificuldade nas diferentes provas.
