A corrida por uma vaga no serviço público federal já começou a esquentar. O governo anunciou na tarde deste segunda-feira (28), que a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) vai ofertar 3.352 vagas distribuídas em 35 órgãos federais.
O modelo, que já foi testado no ano ado, promete repetir a logística: serão provas em 228 cidades e organização por blocos temáticos para facilitar a escolha de áreas de interesse.
A distribuição das vagas do CNU 2025
Por meio de uma coletiva, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse que as vagas do novo CNU serão distribuídas da seguinte forma:
- 2.180 vagas imediatas
- 1.672 para nível superior
- 508 para nível médio
- 1.172 vagas para cadastro reserva (Com expectativa de serem preenchidas em breve, logo após a homologação dos resultados)
Os blocos temáticos
Outro detalhe importante anunciado pelo governo federal nesta segunda-feira (28) é que os cargos estão agrupados em 9 blocos temáticos, o que deve permitir uma seleção ainda mais alinhada ao perfil de cada candidato.
A expectativa do Ministério da Gestão é que o novo concurso mantenha o alto número de inscritos e a abrangência nacional, repetindo basicamente o que aconteceu na edição anterior.
O que muda em 2025?
Uma das grandes novidades do novo CNU é que a seleção terá duas fases. Apenas quem for aprovado na primeira etapa poderá participar da segunda.
Para cada cargo, serão convocados para a segunda fase até nove vezes o número de vagas disponíveis.
Além disso ficou definido que:
- 2.180 vagas são para contratação imediata (1.672 para nível superior e 508 para nível intermediário);
- 1.172 vagas serão preenchidas no curto prazo, após homologação dos resultados;
- Haverá oportunidades em 35 órgãos federais, organizados em nove blocos temáticos;
- As provas serão aplicadas em 228 cidades.
Entre os cargos ofertados, destacam-se:
- Analista técnico de desenvolvimento socioeconômico (250 vagas);
- Analista técnico de defesa e justiça (250 vagas);
- Vagas em agências reguladoras também estão previstas.
Outra inovação será a aplicação de códigos de barras personalizados em todas as páginas das provas, para garantir maior segurança e identificação dos candidatos, mas apenas por máquinas, não por humanos.
Por que o novo CNU é tão importante?
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou que a ampliação do quadro de servidores é essencial para enfrentar a perda histórica de pessoal.
Entre 2010 e 2023, foram registradas 246 mil aposentadorias no serviço público federal. Nos próximos dez anos, a expectativa é de mais 180 mil aposentadorias.
Para Dweck, concursos regulares são fundamentais para manter o conhecimento institucional e garantir a continuidade dos serviços públicos:
“O ideal é que a gente tenha entrada de servidores de forma contínua”, afirmou.
Como foi o primeiro CNU?
Realizado em 2024, o primeiro CNU já entrou para a história como o maior concurso público do Brasil. Os dados do Ministério da Gestão indicam que:
- 2,1 milhões de inscritos;
- 970 mil presentes nas provas;
- 6.640 vagas para 21 órgãos, com salários iniciais de até R$ 22,9 mil.
O resultado foi divulgado em fevereiro deste ano, e até agora:
- 4.330 candidatos já estão autorizados para nomeação;
- 16 órgãos e entidades federais já iniciaram a contratação.
O impacto financeiro
Apesar das novas contratações, o governo garante que o gasto com pessoal no Executivo seguirá estável em 2,6% do PIB, conforme previsto no novo regime fiscal sustentável.
Além dos concursos, o governo também afirma que “retomou o diálogo permanente com os servidores” e “implementou o alongamento de carreiras, ando de 30% para 86%.”
Novos órgãos no CNU
Vários órgãos federais manifestaram interesse ou já confirmaram participação no CNU 2025. Entre eles podemos citar:
- Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) – 20 vagas para Pesquisador (nível superior | R$ 5.307,03);
- Biblioteca Nacional – 14 vagas (até R$ 8.314,20), entre Analista de istração II e Técnico em Documentação I;
- Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) – 10 vagas para Engenheiro;
- Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) – 28 vagas, com promessa de novos pedidos;
- Ministério da Previdência Social – cargos como , Economista, Técnico em contabilidade e mais;
- Abin – sinalizou interesse, mas enfrenta dificuldades com as regras do CNU por conta do sigilo dos aprovados.